Qual doutrina bíblica o diabo mais teme e odeia?
A paz do Senhor, irmãos!
A publicação de hoje abordará um tema bastante interessante: a doutrina que Satanás mais odeia e teme. Farei uma análise detalhada de todo o texto sagrado para chegarmos a uma conclusão fundamentada e fiel às Escrituras.
A primeira que vem à mente
Uma mente mais apressada e, sem dúvidas, piedosa poderia afirmar, sem hesitar, que a cruz é a resposta mais correta. Afinal, conforme está escrito em Colossenses 2:15: "E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente ao desprezo, triunfando sobre eles na cruz." Ou seja, foi na cruz que Cristo derrotou definitivamente as forças do mal sobre a humanidade, despojando-as de sua autoridade e expondo-as a uma situação vergonhosa.
Aliás, o ditado popular que diz que alguém "foge mais de algo do que o diabo foge da cruz" reforça, ainda que inconscientemente, essa conclusão. A cruz representa a derrota definitiva do inimigo e a vitória absoluta de Cristo.
No entanto, há um ponto ainda mais profundo a ser considerado. Além de nos libertar do maligno, Cristo concedeu à Igreja autoridade sobre as forças das trevas, permitindo-nos expulsar demônios e enfrentar o reino das trevas com ousadia. Esse poder extraordinário não é apenas um símbolo de libertação, mas também de domínio espiritual, algo que o diabo certamente odeia e teme.
O que mais assombra as trevas
No entanto, existe algo que o diabo odeia e teme ainda mais. A cruz, de fato, removeu seu domínio sobre aqueles que abraçaram a salvação, libertando-nos de seu poder. No entanto, mesmo sem o sacrifício vicário de Jesus, o destino final de Satanás já estava selado. Sua condenação ao fogo eterno jamais poderia ser impedida, pois desde o princípio Deus lhe decretou este destino final.
Isso significa que, embora a cruz tenha sido a maior humilhação para o inimigo e a maior demonstração de amor e justiça divina, há uma verdade ainda mais aterrorizante para ele—algo que atinge diretamente sua estratégia de engano e ruína. E é justamente sobre isso que precisamos refletir.
"E, tendo chegado à outra margem, à província dos gadarenos, saíram-lhe ao encontro dois endemoninhados, vindos dos sepulcros; tão ferozes eram, que ninguém podia passar por aquele caminho. E eis que clamaram, dizendo: Que temos nós contigo, Jesus, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?" Mateus 8:28-29 (ARC)
"Pelo que alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar! Porque o diabo desceu a vós e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo." Apocalipse 12:12 (ARC)
No primeiro texto, vemos seres que aterrorizavam a todos por sua extrema ferocidade. No entanto, ao se depararem com Jesus, esses "valentões" estremecem de medo. O motivo é claro: ninguém deseja ser atormentado, muito menos pela eternidade, não é mesmo?
No segundo texto, a cena carrega o mesmo sentimento de desespero. O diabo, ciente de que seu tempo está se esgotando, age com fúria, mas não por força, e sim por desespero. Ele não luta com esperança de vitória, mas com a amarga certeza de sua condenação iminente.
Um ponto delicado, mas real
E agora chegamos ao ponto mais delicado. Se o diabo odeia e teme essa verdade, seus seguidores — aqueles que rejeitam a verdade e preferem o erro — também farão o mesmo.
Por isso, não é surpresa que muitos tentem tornar o inferno algo "menos pior" ou até suavizar seu significado, tudo em nome de um “Deus amoroso”. Mas essa tentativa não vem de um desejo sincero de entender a Bíblia, e sim do medo de encarar a realidade do juízo divino. Afinal, aceitar essa verdade significa admitir algo que muitos não querem ouvir: que Deus é amor, mas também é justiça.
Não é de se admirar que muitos "doutores" tenham surgido com discursos "fofinhos", do tipo: "Não devemos converter as pessoas pelo medo" ou "A crença no inferno não reflete o caráter de um Deus amoroso."
Essas falas podem soar boas aos ouvidos, mas no fundo escondem uma tentativa de esvaziar a seriedade do juízo divino. O objetivo não é buscar a verdade, e sim tornar a mensagem mais aceitável para quem não quer lidar com a realidade da condenação eterna. Afinal, se até os demônios temem o inferno, por que tantos insistem em torná-lo algo irrelevante ou simbólico?
O amor de Deus não está em tornar o juízo mais suave para aqueles que rejeitaram Seu Filho e escolheram seguir o mesmo destino do diabo, seu pai. O verdadeiro amor de Deus está em oferecer a salvação através de Jesus.
Foi para isso que Ele nos amou de tal maneira: dando Seu Filho unigênito para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3:16). A justiça divina não pode ser anulada em nome de um amor distorcido. Deus nos amou ao ponto de prover a única saída, mas quem recusa essa graça enfrenta as consequências que sempre estiveram decretadas para os filhos da desobediência.
João Batista, por exemplo, seria considerado "obsoleto" por aqueles que defendem um "deus" moldado à sua própria vontade. Afinal, ao se dirigir aos fariseus e saduceus, ele não amenizou suas palavras, mas os confrontou diretamente: "Raça de víboras! Quem vos ensinou a fugir da ira futura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento" (Mateus 3:7-8).
Curioso, não? Será que João não foi instruído a "não assustar o pecador"? Será que ninguém lhe disse que pregar o juízo divino não reflete um "deus amoroso"? É evidente que João Batista não estava preocupado em agradar os ouvidos de ninguém, mas sim em anunciar a verdade de Deus. Seu chamado ao arrependimento era urgente, porque ignorar a realidade do juízo só leva à condenação.
Ah, claro! Mas para alguns seria um absurdo assustar o pobre estuprador, o ladrão incompreendido, o pastor corrupto que só quer "abençoar" sua conta bancária, o adúltero que apenas busca "novas experiências", o mentiroso que tem "suas razões" e o falso que só quer "se dar bem". Afinal, a última coisa que queremos é incomodá-los com advertências sobre as graves consequências de seus atos!
Avisar o pecador sobre as consequências de seus atos não é converter pelo medo, mas sim demonstrar o maior ato de amor. Se você vê alguém caminhando em direção a um abismo e não o alerta, isso não é bondade, mas sim egoísmo e covardia.
Aliás, muitos evitam falar sobre o juízo de Deus porque temem desagradar os outros. Mas a verdade não deixa de ser verdade só porque incomoda. O amor verdadeiro não esconde a realidade para evitar rejeição, mas fala com sinceridade, mesmo que isso cause desconforto. Afinal, qual seria a maior falta de amor: avisar alguém sobre o perigo ou deixá-lo seguir para a condenação sem dizer nada?
Diante de tudo isso, fica claro que o maior temor do diabo é o dia do juízo, quando ele, seus anjos e todos os rebeldes enfrentarão um sofrimento eterno e irrevogável. Ninguém deseja sofrer, muito menos para sempre. Por isso, qualquer tentativa de minimizar a eternidade do castigo, suavizar o fogo ou tornar o destino dos ímpios mais aceitável seria um alívio bem-vindo para aqueles que rejeitam a verdade. No entanto, a realidade revelada pelas Escrituras é inegociável: o juízo de Deus é justo, e nenhuma distorção humana poderá mudar o que já foi decretado.
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