O conceito de destruição e [segunda] morte nos primeiros séculos


A paz do Senhor a todos! Hoje, vamos analisar como os primeiros cristãos entendiam os termos "destruição" e "morte" no contexto do juízo final. Palavras gregas como apoleia (ἀπώλεια), olethros (ὄλεθρος) e thanatos (θάνατος) são frequentemente traduzidas e/ou entendidas como destruição e morte, mas será que esses conceitos significavam aniquilação total para os cristãos primitivos? Para responder a essa questão, examinaremos os escritos de figuras importantes, como Tertuliano, Justino Mártir e Taciano e outros, investigando se eles viam a punição final como um fim definitivo ou como um sofrimento eterno.

Em uma publicação anterior, explorei o significado desses termos e destaquei que, mesmo que impliquem a ideia de morrer, a própria segunda morte do ímpio representa uma separação do reino para um estado de sofrimento eterno. Agora, analisarei esse tema sob a perspectiva dos povos que viveram próximos aos apóstolos.

Tertuliano de Cartago

Tertuliano (c. 155–220 d.C.) foi um dos primeiros escritores cristãos em latim e um dos principais apologistas da fé cristã primitiva. Ele é conhecido por sua defesa da doutrina da Trindade e por seus escritos sobre o juízo final. Em relação ao destino dos ímpios, Tertuliano rejeitava o aniquilacionismo e enfatizava o tormento eterno, argumentando que a punição dos ímpios no inferno não teria fim. 

Se você pensa que este conceito é algo recente, saiba que Tertuliano (c. 155–220 d.C.), um dos pais da Igreja, já defendia exatamente essa mesma ideia. No capítulo 35 de Ressurreição da Carne, Tertuliano comenta sobre Mateus 10:28 e refuta a ideia de que a destruição da alma e do corpo no inferno signifique aniquilação. Ele argumenta:

"Se, portanto, alguém supuser que a destruição da alma e da carne no inferno equivale a uma aniquilação final das duas substâncias, e não a um tratamento penal (como se fossem consumidas e não punidas), que se lembre de que o fogo do inferno é eterno, expressamente anunciado como uma pena eterna. E então reconheça que é justamente essa circunstância que torna essa morte sem fim mais temível do que um assassinato meramente humano, que é apenas temporal." (De Resurrectione Carnis, 35)

Aqui, Tertuliano deixa claro que a destruição mencionada em Mateus 10:28 não significa extinção do ser, mas um estado contínuo de punição no inferno, tornando-a ainda mais severa do que a morte física. Ou seja, uma segunda morte que é pior que a primeira e possível apenas a Deus.

No capítulo 34 de "A Ressurreição da Carne", Tertuliano reforça sua posição contra a aniquilação da alma, afirmando:

"Nós, no entanto, entendemos a imortalidade da alma de modo a acreditar que ela está perdida, não no sentido de destruição, mas de punição, isto é, no inferno." (De Resurrectione Carnis, 34)

Aqui, ele deixa claro que a perdição da alma não implica extinção, mas sim uma existência contínua sob penalidade. Essa visão se alinha à sua interpretação de Mateus 10:28 no capítulo seguinte, onde enfatiza que a destruição da alma e do corpo no inferno não significa aniquilação, mas um sofrimento eterno.

Justino, o Mártir 

Justino Mártir viveu aproximadamente entre os anos 100 e 165 d.C. Em seus escritos, ele aborda consistentemente a mesma ideia, ora falando da destruição, ora do sofrimento eterno no fogo, refletindo sua compreensão sobre o destino dos ímpios e dos demônios.

Sabendo da reflexão de Tertuliano, Justino parece seguir uma linha de raciocínio semelhante. No capítulo 6 de sua Segunda Apologia , ele afirma sobre a destruição dos demônios:

"Mas Jesus, cujo nome possui significado tanto como homem quanto como Salvador, também cumpre um propósito. Pois Ele foi feito homem, como já mencionamos anteriormente, concebido de acordo com a vontade de Deus Pai, visando o bem dos homens que creem e a destruição dos demônios."

Ao vermos essa descrição, logo poderíamos imaginar que Justino cria numa extinção de Satanás e seus demônios. Mas, no capítulo 8, Justino faz a seguinte declaração sobre essas entidades:

"Pois, como sugerimos, os demônios sempre procuraram que todos aqueles que vivem de forma razoável e séria, evitando o vício, sejam odiados. E não há nada de surpreendente nisso; se os demônios conseguirem influenciar aqueles que não apenas seguem uma parte da palavra divulgada entre os homens, mas também buscam o conhecimento e a contemplação da Palavra inteira, que é Cristo, então, sendo lançados no fogo eterno, sofrerão sua justa punição. Pois, se agora já são derrotados pelos homens em nome de Jesus Cristo, isso é uma antecipação da punição que lhes será imposta no fogo eterno, junto com aqueles que os servem. Pois tanto os profetas predisseram isso, quanto nosso próprio mestre Jesus ensinou."

No capítulo 28 de sua Primeira Apologia, Justino novamente comenta sobre o destino final dos seres demoníacos:

"Pois, entre nós, o príncipe dos espíritos malignos é chamado de serpente, Satanás e diabo, como você pode aprender ao consultar nossos escritos. E que ele será enviado para o fogo com seu exército, e os homens que o seguem, sendo punido por uma duração sem fim, Cristo predisse."

Para Justino Mártir, assim como Tertuliano, a destruição dos demônios não deveria ser entendida como extinção, mas como um castigo eterno. Justino não considera, portanto, a destruição como uma aniquilação dos demônios, mas uma forma de sofrimento eterno no fogo. Essa visão se alinha com a doutrina do juízo final e do tormento eterno, conforme ensinado pelos apóstolos e pela Igreja nos dias atuais.

Taciano 

Taciano (c. 120 – c. 180 d.C.) foi um escritor cristão do século II, discípulo de Justino Mártir e autor da obra Discurso contra os Gregos, na qual critica a cultura e a filosofia pagã, defendendo a superioridade da fé cristã. Ele também é conhecido pelo Diatessarão, uma tentativa de harmonizar os quatro Evangelhos em um único relato contínuo, que teve grande influência na igreja síria. Embora inicialmente ortodoxo, Taciano acabou se afastando das doutrinas tradicionais e fundou o encratismo, um movimento ascético que rejeitava o casamento e o consumo de carne, o que o levou a ser considerado herético por autores posteriores.

Embora Taciano não fosse totalmente ortodoxo — inclusive rejeitando a imortalidade da alma e o estado intermediário —, sua visão sobre o juízo final estava em total consonância com a crença tradicional dos cristãos.

No seu Discurso aos Gregos, ele diz:

"A alma não é em si imortal , ó gregos, mas mortal. No entanto, é possível que ela não morra. Se, de fato, ela não conhece a verdade, ela morre e é dissolvida com o corpo, mas ressuscita finalmente no fim do mundo com o corpo, recebendo a morte por punição na imortalidade." (Capítulo 13)

Agora mais à frente:

"Portanto, o que é agora sua principal distinção, que eles não morrem como os homens, eles reterão quando estiverem prestes a sofrer punição: eles não participarão da vida eterna, de modo a recebê-la em vez da morte em uma imortalidade abençoada . E assim como nós, a quem agora acontece facilmente morrer, depois recebemos o imortal com prazer, ou o doloroso com imortalidade, assim os demônios , que abusam da vida presente para propósitos de fazer o mal, morrendo continuamente mesmo enquanto vivem, terão daqui em diante a mesma imortalidade, como aquela que tiveram durante o tempo em que viveram, mas em sua natureza como a dos homens , que voluntariamente realizaram o que os demônios prescreveram a eles durante sua vida. E não surgem menos tipos de pecado entre os homens devido à brevidade de suas vidas, enquanto da parte desses demônios a transgressão é mais abundante devido à sua existência ilimitada?" (Capítulo 14)

Embora as falas de Taciano sejam um pouco confusas, fica claro que, para ele, a segunda morte não é uma extinção, mas sim um estado de sofrimento sem fim. Isso é evidenciado pelas expressões 'morte por punição na imortalidade' e 'doloroso com imortalidade', que sugerem uma existência imortal de tormento. 

Além disso, para Taciano, a principal distinção dos demônios em relação aos homens, sua natureza imortal,  será preservada, mas não como uma dádiva, e sim como um meio de punição. Assim, na concepção deste cristão antigo, embora ele não acreditasse na consciência após a morte, a noção de "morte" ou "destruição" no contexto do juízo final não era o extermínio, mas envolvia um estado de sofrimento consciente para os ímpios.

Epístola a Diogneto 

Epístola a Diogneto é um escrito cristão anônimo do século II, dirigido a um indivíduo chamado Diogneto, que busca entender a fé cristã. O texto descreve a doutrina cristã, destacando a diferença entre os cristãos e os pagãos. Ele explica que os cristãos não seguem rituais ou práticas externas, mas vivem de acordo com um princípio moral superior. A carta enfatiza a natureza transcendente de Deus, a encarnação de Cristo, e a salvação oferecida por Ele. Também aborda a relação dos cristãos com o mundo, defendendo que eles são cidadãos temporários da terra, mas com uma cidadania celestial permanente. 

"Então você verá, enquanto ainda estiver na terra, que Deus nos céus governa [o universo ]; então você começará a falar os mistérios de Deus ; então você amará e admirará aqueles que sofrem punição porque eles não negarão a Deus ; então você condenará o engano e o erro do mundo quando você souber o que é viver verdadeiramente no céu, quando você desprezar o que aqui é estimado como morte, quando você temer o que é verdadeiramente a morte, que é reservada para aqueles que serão condenados ao fogo eterno, que afligirá aqueles até o fim que estão comprometidos com ele. Então você admirará aqueles que por causa da justiça suportam o fogo que é apenas por um momento, e os considerará felizes quando você conhecer [a natureza ] desse fogo." (Capítulo 10)

Na Epístola a Diogneto, o autor deixa claro que, para ele, a morte não é sinônimo de extinção, mas sim um estado de condenação e sofrimento eterno. Ele contrasta o fogo do martírio, que é passageiro, com o fogo do juízo, que nunca apagará, deixando evidente que a verdadeira morte não consiste no aniquilamento, mas na perpetuação da punição. Dessa forma, ao afirmar que se deve temer "o que é verdadeiramente a morte", associando-a ao fogo eterno, ele rejeita qualquer ideia de cessação da existência e reforça a concepção de um destino consciente e eterno para os ímpios.

Outra evidência de que o autor da Epístola a Diogneto concebia a segunda morte como continuidade, e não como cessação da existência, está em sua declaração no capítulo 6: "A alma imortal habita em um tabernáculo mortal; e os cristãos habitam como peregrinos em [corpos] corruptíveis, buscando uma morada incorruptível nos céus." Essa afirmação demonstra sua crença na imortalidade da alma, o que naturalmente exclui a ideia de aniquilação. Se a alma sobrevive ao corpo e os justos aguardam uma morada eterna nos céus, segue-se que os ímpios também terão um destino contínuo, ainda que em condenação, reforçando assim sua visão da segunda morte como um estado de punição perpétua, e não de extinção.

Fonte no grego AQUI

Irineu de Lyon 

Irineu de Lyon foi um bispo cristão e teólogo do século II, nascido provavelmente na Ásia Menor, por volta de 130 d.C. Ele é conhecido principalmente por sua luta contra o gnosticismo e outras heresias, e por sua defesa da fé cristã ortodoxa. Irineu foi discípulo de Policarpo, que, por sua vez, foi discípulo do apóstolo João. Tornou-se bispo de Lyon, na atual França, onde exerceu um papel importante na consolidação da doutrina cristã. Sua obra mais significativa, "Contra as Heresias", abordou a verdade do cristianismo e a importância da tradição apostólica. Irineu também é lembrado por seu desenvolvimento da doutrina da recapitulação, segundo a qual Cristo veio restaurar a humanidade à sua condição original. Ele morreu por volta de 202 d.C., sendo considerado um dos grandes pais da Igreja.

Irineu afirma expressamente que o ímpio morrerá no Capítulo 27 do Livro V de Contra Heresias:

"E a todos os que continuam em seu amor a Deus , Ele concede comunhão com Ele. Mas a comunhão com Deus é vida e luz, e o desfrute de todos os benefícios que Ele tem em estoque. Mas a todos os que, de acordo com sua própria escolha, se afastam de Deus , Ele inflige aquela separação de Si mesmo que eles escolheram por sua própria vontade. Mas a separação de Deus é morte, e a separação da luz é escuridão; e a separação de Deus consiste na perda de todos os benefícios que Ele tem em estoque. Aqueles, portanto, que rejeitam por apostasia essas coisas mencionadas anteriormente, sendo de fato destituídos de todo bem, experimentam todo tipo de punição. Deus , no entanto, não os pune imediatamente de Si mesmo, mas essa punição recai sobre eles porque são destituídos de tudo o que é bom . Agora, as coisas boas são eternas e sem fim com Deus , e, portanto, a perda delas também é eterna e sem fim. É neste assunto exatamente como ocorre no caso de uma inundação de luz: aqueles que se cegaram, ou foram cegados por outros, são para sempre privados do gozo da luz." (Capítulo 27)

Mas tudo indica que, para Irineu, o conceito de morte era o mesmo da "Epístola a Diogneto", pois, além das partes em negrito irem para essa direção, no Livro IV de "Contra as Heresias" declara:

"2. Pois assim como, no Novo Testamento , a fé dos homens [a serem colocados] em Deus foi aumentada, recebendo além [do que já foi revelado] o Filho de Deus , para que o homem também pudesse ser um participante de Deus ; assim também é necessário que nossa caminhada na vida seja mais circunspecta, quando somos direcionados não apenas a nos abster de ações malignas , mas até mesmo de pensamentos malignos , e de palavras ociosas, e conversas vazias, e linguagem obscena: assim também a punição daqueles que não acreditam na Palavra de Deus , e desprezam Seu advento, e são afastados para trás, é aumentada; não sendo meramente temporal, mas também tornada eterna . Pois a todos aqueles a quem o Senhor disser: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno,  Mateus 25:41 estes serão condenados para sempre; e a todos aqueles a quem Ele disser: Vinde, benditos de meu Pai, herdai o reino preparado para vós para a eternidade ,  Mateus 25:34 estes recebem o reino para sempre, e fazem constante avanço nele; pois há um só e mesmo Deus Pai e Sua Palavra, que sempre esteve presente com a raça humana , por meio de várias dispensações, e realizou muitas coisas, e salvou desde o princípio aqueles que são salvos (pois estes são aqueles que amam a Deus e seguem a Palavra de Deus de acordo com a classe a que pertencem), e julgou aqueles que são julgados, isto é, aqueles que se esquecem de Deus , e são blasfemos , e transgressores de Sua palavra." (Capítulo 28)

E mais à frente a eternidade desse fogo na duração, e não nos efeitos, é novamente confirmada nas palavras deste cristão antigo:

"3. Pois os mesmos hereges já mencionados por nós se afastaram de si mesmos, acusando o Senhor, em quem dizem crer . Pois aqueles pontos aos quais chamam a atenção com relação ao Deus que então concedeu punições temporais aos descrentes e feriu os egípcios , enquanto salvou aqueles que eram obedientes ; esses mesmos [fatos, eu digo] se repetirão, no entanto, no Senhor , que julga pela eternidade aqueles a quem julga, e deixa ir livres pela eternidade aqueles a quem deixa ir livres: e Ele será [assim] descoberto, de acordo com a linguagem usada por esses homens, como tendo sido a causa de seu pecado mais hediondo para aqueles que lançaram as mãos sobre Ele e O traspassaram." (Capítulo 28)

Os próprios textos falam por si. Além disso, é importante destacar que Irineu era imortalista, o que significa que ele não considerava a primeira morte como sinônimo de extinção, como pode ser visto AQUI. Portanto, é altamente improvável que interpretasse a segunda morte de maneira diferente. Suas descrições são claras e inequívocas, tornando qualquer contestação insustentável.

4 Macabeus 

4 Macabeus é um livro pseudoepígrafe em nossas Bíblias, mas tradicionalmente aceito em algumas igrejas cristãs, como a Ortodoxa. Este livro, escrito em grego no século I a.C. ou I d.C., é uma reflexão sobre o martírio e a fidelidade a Deus diante da opressão, inspirada por eventos históricos relacionados à perseguição dos judeus sob o rei selêucida Antíoco IV Epifânio. 4 Macabeus enfatiza a coragem dos judeus em manter sua fé, mesmo sob tortura, e a crença na ressurreição e no juízo divino. Ele é muitas vezes considerado um livro de moralidade e ética, apelando para a perseverança diante do sofrimento e a justiça divina que será finalmente revelada. 

Escolhi citá-lo por se tratar de uma literatura judaica, e não patrística, o que nos permite compreender como certos grupos dentro do judaísmo interpretavam palavras relacionadas ao fim. Curiosamente, a mesma expressão usada por Paulo em 2 Tessalonicenses 1:9 é aplicada aqui para descrever o tormento eterno. Confira o trecho de 4 Macabeus 10:10-15:

"10. 'Nós, tirano abominável, estamos sofrendo por causa de nossa piedade e virtude, 11. mas você, por causa de sua impiedade e sede de sangue, sofrerá tormentos incessantes.' 12. Quando ele também morreu de forma digna de seus irmãos, arrastaram o quarto, dizendo: 13. 'Quanto a você, não ceda à mesma insensatez de seus irmãos, mas obedeça ao rei e salve-se.' 14. Mas ele lhes disse: 'Vocês não têm um fogo quente o suficiente para me fazer ser covarde. Não, pela abençoada morte de meus irmãos, pela destruição eterna do tirano, e pela eterna vida dos piedosos, não renunciarei à nossa nobre irmandade.'"

Neste trecho, a "destruição eterna" do tirano é apresentada como uma punição sem fim, enquanto a vida eterna é destinada aos justos. Isso evidencia como, na época antiga, o conceito de tormento eterno e destruição eterna eram frequentemente usados como sinônimos tanto no meio cristão quanto no judaico.

No entanto, alguém bem-intencionado poderia argumentar que os "tormentos incessantes" se referem apenas ao sofrimento do tirano até sua morte, e não a um castigo eterno. Porém, é importante notar que em 4 Macabeus 13:14-15 o autor resolve praticamente essa dúvida, quando o texto diz:

"Não temamos aquele que pensa que nos está matando, pois grande é a disputa da alma e o perigo do tormento eterno que está diante daqueles que transgridem o mandamento de Deus."

Diante dessas evidências, fica claro que os primeiros cristãos não entendiam "destruição" e "morte" como aniquilação total, mas como um estado de punição consciente e eterna. Escritos de Tertuliano, Justino Mártir, Taciano e outros mostram que a ideia de um tormento sem fim no juízo final já era defendida desde os primeiros séculos da Igreja. Para eles, a segunda morte não significava o fim da existência, mas a separação definitiva de Deus em sofrimento perpétuo. Isso reforça que a doutrina do castigo eterno não é uma invenção posterior, mas uma crença presente desde os primeiros seguidores de Cristo.


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