A compreensão da segunda besta e sua importância para o cenário em que vivemos
A paz do Senhor!
Quem é a segunda besta? Esta pergunta provoca uma profunda reflexão, especialmente nos dias atuais. Algumas denominações acreditam que ela representa os Estados Unidos; já outras sugerem que a segunda besta abrange tanto os Estados Unidos quanto a União Europeia, ou seja, consideram-na o maior poder político contemporâneo. Mas o que a Bíblia revela sobre sua identidade?
Para entender a identidade da segunda besta, basta conectarmos duas passagens bíblicas:
Apocalipse 13:11-14
"[11] E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão. [12] E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada. [13] E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens. [14] E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse diante da besta, dizendo aos que habitam na terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida de espada e vivia."
Apocalipse 19:20
"[20] E a besta foi presa e, com ela, o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre."
Essas passagens deixam claro que a segunda besta e o falso profeta são o mesmo personagem. Ambos enganam por meio de sinais e milagres, induzindo as pessoas a adorarem a primeira besta. A expressão "falar como o dragão" sugere um poder ligado à falsa religião, uma característica dos falsos profetas que Jesus mencionou:
Mateus 24:24
"[24] Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos."
Além disso, a expressão "falar como o dragão" também nos lembra o episódio de João 8, onde Jesus diz que o diabo "fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira" (Jo 8:44). Isso ressalta o fato de que o falar da segunda besta está marcado pela mentira e engano, outra característica evidente do falso profeta.
Portanto, trata-se de um poder religioso que promove a adoração de um poder político, a primeira besta (Ap 17:10,11). Esse tipo de aliança entre poder político e religioso já era comum no tempo de João, quando o culto ao imperador era incentivado por religiões.
O contexto atual
Há algumas décadas, a união entre política e religião era vista com desconfiança no Brasil, em parte pela corrupção prevalente na política. Porém, hoje em dia, é comum observar líderes religiosos ocupando cargos políticos ou influenciando decisões de governo. Reuniões que antes se focavam na pregação da Palavra agora se tornaram plataformas eleitorais.
Embora não defendamos uma posição radical como a das Testemunhas de Jeová, que proíbem a participação política, é evidente que qualquer servo de Deus sabe que há limites. E, em muitos casos, esses limites foram ultrapassados. A avareza e a cegueira espiritual fazem com que muitos cristãos se envolvam em alianças que preparam o cenário para os eventos descritos em Apocalipse 13.
2 Coríntios 6:14-18 nos adverte:
"[14] Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? [15] E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? [16] E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? [...]"
Nossa principal missão é guiar o povo a depositar sua confiança não em líderes humanos, que muitas vezes falham em cumprir suas promessas, mas em Jesus Cristo, "aquele que é fiel e verdadeiro" (Ap 19:11). Sim, devemos ser bons cidadãos e votar com consciência, mas com discernimento, sem nos associar intimamente com aqueles que buscam apenas explorar a fé para se autopromoverem.
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