A falta de lógica do milênio adventista
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A paz do Senhor! Hoje abordarei mais uma vez sobre o milênio
adventista e suas implicações e incoerências. Eu falei sobre esse tema AQUI, fazendo
uma observação sobre os fogos de Apocalipse 20:9 e 20:10, os quais a IASD
acredita serem o mesmo. Novamente, farei uma breve análise sobre essa
interpretação. Vejamos o texto:
E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua
prisão e sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra,
Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha.
E subiram sobre a largura da terra e cercaram o arraial dos santos e a cidade
amada; mas desceu fogo do céu e os devorou. Apocalipse 20:7-9
ARC
Para um Adventista, este evento ocorre após o juízo do trono
branco. E aí o assunto começa a ficar interessante. Por quê? Para quem não
sabe, o fogo que descerá do céu e mata os ímpios, para essa vertente da
cristandade, será o mesmo que destruirá a terra e fará um novo céu e nova terra.
Eles costumam ligar o verso 9 com esta passagem:
Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma
palavra se reservam como tesouro e se guardam para o fogo, até o Dia do Juízo e
da perdição dos homens ímpios. 2Pedro 3:7 ARC
Parece até um argumento criativo; mas, pra quem estuda
seriamente a Bíblia, cheio de pontas soltas. Vejamos abaixo:
E vi um grande trono branco e o que estava assentado
sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar
para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e
abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos
foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.
Apocalipse 20:11-12 ARC
Sim, o céu e a terra somem na hora em que for estabelecido o
juízo final, não depois. A suposta desarmonia com Pedro, que afirma ser
a destruição da terra e céu por fogo, é facilmente resolvida com esta passagem:
E o aspecto da glória do Senhor era como um fogo
consumidor no cume do monte aos olhos dos filhos de Israel. Êxodo 24:17 ARC
Se você levar a sério a perspectiva adventista, terá de
acreditar, no mínimo, em duas novas terras. A primeira quando os ímpios forem
julgados, período em que a terra some da presença de Deus. É necessário que se
crie outra terra para os ímpios terem de habitar nela e depois serem ajuntados (após o juízo final!) novamente pelo diabo; e a segunda quando o fogo cair do céu e fazer outra nova
terra. Mesmo que se apele para o argumento gramatical do termo grego para novo (kainós), em que a terra seria apenas renovada, dizer que, após o juízo, os ímpios terão direito de voltarem para os quatro cantos da terra para depois serem ajuntados pelo diabo é, no mínimo, forçado e, porque não dizer, um argumento que só convence o gado religioso.
Realmente, haverá um
milênio na terra. Depois dele, ocorrerá uma rebelião contra Deus, o qual
responderá com fogo do céu. Após isso, o juízo será estabelecido, com o céu e terra
sendo atingidos pela presença de Deus. Acabando o juízo, os ímpios são lançados no
fogo pelos anjos (Mt 13:41,42); haverá reconstrução do universo e assim acaba a história redentora.
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